Você já sabe que o preço do seguro sofre influência de diversos fatores como o modelo do veículo, a região de circulação, o perfil do condutor… Até mesmo o valor das peças para um eventual conserto entra na conta.
Atualmente, quem é dono de carro mais antigo tem muita dificuldade na contratação do seguro. As peças são mais difíceis de serem encontradas e, por vezes, custam mais caro que as dos veículos mais novos. Essa dificuldade tem influência direta no índice de roubos de veículos mais antigos, pois suas peças abastecem o mercado ilegal. Por esses motivos, todas as seguradoras possuem regras mais rígidas para aceitação de automóveis “mais velhinhos”.
Surgiu então a ideia do Seguro Popular de Automóvel, que será destinado exclusivamente aos carros com cinco anos ou mais de fabricação. Além de contemplar essa fatia de mercado, o novo produto permitirá conserto com peças usadas com certificado de origem, o que baratearia o custo para as seguradoras. Estima-se que o valor da apólice pode cair em até 30% com relação a um seguro “convencional”.
A concepção do seguro auto popular só foi possível por causa da Lei do Desmonte (Lei Federal nº 12.977/2014), que regulamenta e regulariza desmanches e ferros-velhos. As peças só deverão ser adquiridas apenas nessas empresas legalizadas. A lei inibe práticas ilegais e combate o roubo de veículos para este fim.
A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) colocou o assunto em consulta pública para que todos no setor possam dar opiniões e sugestões. Em seguida, a norma será implantada e então as seguradoras poderão customizar o produto.
Existe uma enorme parcela de automóveis que estão nas ruas sem seguro. Criar um produto específico para uma fatia como a dos “cinco anos ou mais” vai contribuir consideravelmente para a diminuição desse quadro, além de movimentar o mercado de seguros em tempos de crise.
Em breve, traremos mais novidades sobre o seguro popular de automóvel. Fique atento ao Blog da Minuto e nossas redes sociais (Facebook / Linkedin).
