Primeiro emplacamento: como fazer e quanto custa

Você acaba de comprar seu tão sonhado carro zero-quilômetro e está ansioso para colocá-lo na rua. Mas antes de sair por aí curtindo seu novo veículo, há um passo importante que não pode ser esquecido: o primeiro emplacamento. 

Neste artigo vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse processo, desde os documentos necessários até os custos envolvidos. Vamos lá?

O que é o primeiro emplacamento?

O primeiro emplacamento é um procedimento obrigatório para todos os veículos novos, sejam eles carros, motos, caminhões ou outros tipos de automóvel. Esse processo consiste em registrar o veículo no Departamento de Trânsito (Detran) do seu Estado, obtendo assim a documentação necessária e as placas de identificação.

É importante entender que o primeiro emplacamento é diferente do processo de transferência de veículos usados. Enquanto a transferência é realizada quando um veículo muda de proprietário, o primeiro emplacamento é feito exclusivamente para veículos zero-quilômetro que nunca foram registrados antes.

O primeiro emplacamento é obrigatório por lei e tem como objetivo garantir que o veículo esteja devidamente registrado e em conformidade com as normas de trânsito do país. 

Além disso, esse processo permite que as autoridades tenham um controle efetivo sobre a frota de veículos em circulação, o que é fundamental para a segurança e organização do trânsito.

Documentos necessários para o primeiro emplacamento

Para realizar o primeiro emplacamento do seu veículo novo, você precisará reunir uma série de documentos. É fundamental ter todos eles em mãos para evitar contratempos e agilizar o processo. Confira a lista:

• Nota fiscal do veículo ou declaração de compra
• Documento de identidade (RG ou CNH)
• CPF
• Comprovante de endereço atualizado
• Decalques do chassi e do motor (em alguns Estados)

É importante ressaltar que todos os documentos devem estar atualizados e em bom estado de conservação. Certifique-se de que seu RG ou CNH estejam dentro da validade e que o comprovante de endereço seja recente (geralmente dos últimos 90 dias).

Em alguns Estados, pode ser necessário apresentar os decalques do chassi e do motor do veículo. Esses decalques são impressões feitas diretamente sobre o chassi e o motor, que comprovam a autenticidade do veículo. Verifique com o Detran do seu Estado se esses decalques são necessários.

Passo a passo do processo de emplacamento

Agora que você já sabe quais documentos são necessários, vamos entender como funciona o processo de primeiro emplacamento. Siga este passo a passo para realizar o procedimento corretamente:

1. Agendamento do serviço

Em muitos Estados, é possível agendar o serviço de emplacamento pelo site do Detran, através da prefeitura ou empresas credenciadas. Isso evita filas e torna o processo mais ágil. Verifique se essa opção está disponível na sua região.

2. Entrega da documentação

Com o agendamento feito (ou não, caso não seja necessário), dirija-se ao Detran ou à empresa credenciada com todos os documentos listados anteriormente. Um atendente vai conferir se está tudo em ordem e dar início ao processo.

3. Vistoria do veículo

Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma vistoria no veículo. Essa etapa serve para verificar se as características do automóvel correspondem às informações da nota fiscal e se não há irregularidades. Nem todos os Estados exigem essa vistoria para veículos novos, mas é bom estar preparado.

4. Pagamento das taxas

Após a conferência dos documentos (e a vistoria, se for o caso), você deverá efetuar o pagamento das taxas referentes ao emplacamento. Geralmente, é possível pagar por boleto bancário ou cartão de débito/crédito.

5. Emissão do CRLV-e

Com o pagamento efetuado, o Detran vai emitir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo eletrônico (CRLV-e), que é o documento que comprova o registro e licenciamento do seu veículo.

6. Retirada das placas

Por fim, você receberá as placas do seu carro. Em alguns Estados, as placas são entregues no mesmo dia; em outros, pode ser necessário retornar em uma data posterior para buscá-las.

É importante lembrar que o prazo para realizar o primeiro emplacamento é de 30 dias após a compra do veículo. Portanto, não deixe para a última hora!

Quanto custa?

Uma das dúvidas mais comuns sobre o primeiro emplacamento é em relação aos custos envolvidos. Tenha em mente que os valores podem variar de acordo com o Estado e o tipo de veículo. Podemos listar algumas das principais taxas que compõem o custo total:

• Taxa de emplacamento: é o valor cobrado para a confecção e emissão das placas do veículo.
• Taxa de licenciamento: refere-se ao custo para emissão do CRLV-e.
• DPVAT: embora atualmente esteja suspenso, é importante ficar atento a possíveis mudanças na legislação.
• Taxa de vistoria: caso seja necessário realizar a vistoria do veículo, pode haver uma taxa específica para esse serviço.
• IPVA: embora não seja diretamente relacionado ao emplacamento, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é devido no primeiro ano do veículo e pode ser cobrado junto com as demais taxas.

Para ter uma ideia, o custo de emplacamento de veículo novo pode variar de R$ 200 a R$ 500, dependendo do Estado e do tipo de veículo. No entanto, é importante ressaltar que esses valores são apenas estimativas e podem sofrer alterações.

Alguns proprietários optam por contratar os serviços de despachantes para realizar o processo de emplacamento. Nesse caso, haverá um custo adicional pelos serviços prestados, que pode variar de acordo com a região e o profissional escolhido.

Multas e penalidades por não realizar o primeiro emplacamento no prazo

Não realizar o primeiro emplacamento dentro do prazo legal de 30 dias acarreta sérias consequências para o proprietário do veículo. As principais penalidades são:

• Multa: o Código de Trânsito Brasileiro prevê uma multa gravíssima para quem circular com veículo não registrado e licenciado. O valor da multa é de R$ 293,47, além de 7 pontos na carteira de habilitação do condutor.
• Apreensão do veículo: além da multa, o veículo pode ser apreendido e removido para um pátio do Detran, gerando custos adicionais de guincho e diárias.
• Problemas legais: circular com um veículo não emplacado pode gerar complicações em caso de acidentes ou fiscalizações, pois o veículo não estará devidamente regularizado.
• Dificuldades na venda: caso você decida vender o veículo no futuro, a falta de emplacamento vai dificultar ou até impossibilitar a transação.

Lembre-se de organizar todos os documentos necessários com antecedência e não deixe para realizar o emplacamento na última hora. Quanto mais cedo você iniciar o processo, mais tranquilo será.

Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas dúvidas sobre como emplacar veículo novo. Fique atento às informações oficiais do Detran do seu Estado, pois pode haver pequenas variações no processo dependendo da região.

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