Seguro para o fim do casamento. Funcionaria?

Recebemos aqui na Minuto Seguros uma carta com uma sugestão um tanto curiosa. O sr. José, do Rio de Janeiro, lançou a possibilidade de criarmos um “Seguro Casamento*”. Ele deu detalhes da ideia, reproduzidos abaixo:

“O Seguro Casamento seria um seguro para o casal ou individual com característica de poupança. Serviria para evitar o constrangimento de ex-casados voltarem para a casa de seus pais ou à própria família, que não está preparada para recebê-los no momento.

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Seguro casamento: funciona?

O seguro básico daria uma assistência jurídica para os recém-divorciados de como procederem dali em diante. Depois, garantiria um aluguel (temporário) conforme o contrato. Esse período seria necessário até que ambos se reestabelecessem.

Caso um dos cônjuges vier a falecer, o Seguro Casamento se transformaria em uma espécie de poupança para o viúvo, reforçando sua aposentadoria (após descontos de taxas, impostos etc)”.

Agradecemos publicamente ao sr. José pela carta e por ter compartilhado a ideia conosco. Aproveitamos a oportunidade para comentar um pouco sobre essa sugestão:

A ideia do “Seguro Casamento” é realmente interessante. De fato os casais recém-separados podem não estar preparados para arcarem com as despesas relacionadas ao processo de separação, bem como novas despesas que surgem decorrentes desse cenário (necessidade de alugar um novo imóvel para um dos cônjuges, etc.).

E a finalidade de qualquer tipo de seguro é “reestabelecer o equilíbrio econômico perturbado” e, como bem apontado pelo sr. José, uma separação/divórcio pode realmente afetar as economias de uma família.

Pela nossa experiência no mercado de seguros, vislumbramos algumas questões que precisariam ser equacionados pelas seguradoras para criação desse seguro casamento:

1) Uma das principais características do seguro é o chamado MUTUALISMO: reunião de um grupo de pessoas que, no caso de uma apólice, pagam um valor com a finalidade de suprir, em determinado momento, as necessidades de um pequeno grupo que utilizariam o seguro.

Ou seja, a viabilidade do Seguro Casamento dependeria da sua massificação, isto é, uma grande quantidade de casais deveria pagar mensalmente/anualmente um valor que serviria para cobrir as despesas daqueles casais que vierem a se separar.

Como infelizmente o percentual de casamentos que terminam em divórcio é relativamente alto no Brasil (segundo dados do IBGE para cada 3 novos casamentos temos 1 divórcio), o valor que teria que ser cobrado dos clientes provavelmente seria muito alto. O que poderia afastar os interessados, dificultando sua popularização.

2) Outra característica dos seguros é a INCERTEZA: um risco para ser segurado, precisa ter o componente da incerteza, ou seja a possibilidade da ocorrência acontecer tem que ser obrigatoriamente algo incerto (se algo vai acontecer ou não, e quando).

Portanto, o Seguro Casamento precisaria criar períodos de carência (1, 2 anos) onde o cliente contrataria o seguro, mas não teria direito a ser indenizado se separasse antes deste período. Sem esta carência, teríamos um problema de casais já decididos a se separarem contratando o seguro pela CERTEZA da indenização.

Sr. José, feito esses comentários, agradecemos mais uma vez e informamos que oportunamente iremos encaminhar a sua sugestão às companhias seguradoras com as quais a Minuto Corretora têm relacionamento, afinal são as seguradoras que podem criar e oferecer ao mercado novos tipos de seguros, para que eles possam avaliar a viabilidade técnica e comercial da sua sugestão.

* A sugestão é diferente da modalidade já existente que cobre o evento casamento (cerimônia + festa). 

5 comentários sobre “Seguro para o fim do casamento. Funcionaria?

  1. como prevenir a fraude dos casais simularem uma separação para receber o seguro? Usaria as redes sociais para acompanhar o dia a dia do ex-casal? quais seriam as perguntas do questionário a ser respondido pelo casal para calcular o risco de separação?
    adorei a ideia!

  2. Parabéns Minuto Seguros, excelente análise sobre a idéia do cliente! Como sempre prestigiando nossos clientes com sua atenção, dedicação e respeito! Orgulho Master de trabalhar aqui!

    1. Entendo como factí el , mas , como já preconiza a matéria , a carência é determinante. Fraudes , porém , poderiam ser inibidas , com a Certidão do Cartório ou Processo Judicial ( ideal) ,onde a Seguradora faría análise , em sua regulação. Uma franquia escalonada pode ser estudada , em ordem decrescente e proporcional ao período da união do casal. Atuarialmente é um desafio. Será que a ideia do Sr. José , irá frutificar ???

  3. Baita ideia….. porem questões legais, prazos e outras definições teriam que ser bem estipuladas…. mas creio ser uma ideia bem louvável, visto que o acontecimento é sempre surpreso de prazos, ou seja o ocorrido da separação as vezes ocorre do dia para noite, algo inesperado causa ruptura do relacionamento que se achava solido por ambos os lados…

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